08 janeiro, 2007

GINA

Uma pequena homenagem pelas saudades que sinto.
Um post de um dia qualquer, mas especial como eram todos os dias, um pouco de você:

19:00
Quando chegasse deveria aguardar um contacto. Aguardei. Senti um aperto o no estômago que se expandia pelo corpo. Característico de quem faz em segredo o que não é suposto. Das ordens. Do sexo às escondidas. Da emoções e da sua procura. A mando de... a mando de... faria? Faria? O quê? Não sabia. Chegou uma mensagem: «estou na casa-de-banho dos homens ultima cabine. vem». Ansiedade. Nervos. Depois da luz das montras percorro o corredor de mármore do Shopping, em Gaia. Entro na porta da casa de banho dos homens com ar de distraida. Já tive fantasias com coisas semelhantes. Sabia o que faria. Ou julgava saber. Ou sabia como safar-se. Dois homens olham-me. Constrangida digo-lhes: «o meu marido sentiu-se mal... peço desculpa.» Caminho. Chego à última porta e digo baixinho: «sou eu». Sem resposta. Que vontade de olhar para trás e verificar se me observam. A porta abre. Ninguém. Continua a abrir. Nada. Entro. A porta fecha. Ele fecha-a. Ele ali, em frente. Na minha frente. Respiro ofegantemente. Afasta-me os cabelos. Encosta-me à parede e brutalmente levo um estalo. A minha cara é mandada de encontro ao azul das calças dele. Esfrego-me nelas. Sinto o bafo quente sobre o caralho já duro, dentro das calças. Tenho vontade de molhar, de lamber, de morder, de chupar, de ficar ali eternamente chupando. Olho para ele. A minha cara é esfregada nos botões e de olhos fechados sinto uma mão abri-la. Olho como uma menina à espera de um brinquedo novo. Dê-me, dê-me. Ansiedade. Quando? Quando vai mostrar-me o caralho? Quando vai libertar os colhoes? Espero. Espera longa com os olhos na mão dele, que tarda em descobrir, em descobri-lo. Eis! humm que tesão, oh tesão. Oh, deixe-me. Deixe-me. Quero o cheiro. A cor. A textura. O brilho. Uma mão novamente no meu cabelo. Com força. Erguendo o meu cabelo, erguendo a minha cabeça, puxando-a. Sem cuidado. Orientando-me. Ao cheiro, de encontro ao cheiro. «Cheira puta à vontade. Que bom!... Que bom!... á tesão.» Firmemente coloca-me o brinquedo na boca. Sem carícias, sem gemidos. À bruta. Toma Fode-me a boca. Ai que foda. Rompe-me a boca. Não há espaço para visualizar o movimento. Somente a brutalidade de uma foda de boca. Vigorosa. Carnal. Picha e buraco. Buraco aberto, os meus lábios fechados. Na garganta, sinto-me a ser fodida na garganta. Vou desistir. Não posso, SG não aprovaria. Voltam as duas mãos aos meus cabelos, força-me. Não há como fugir. Tento. Não tenho espaço para respirar ou tossir. «Aguenta. Aguenta puta». Calor. Transpiro. Fecho os olhos para não ver aquele ritmo brutal e doloroso. Sou um buraco. Uma boca. Com um belo pedaço de carne, quente na garganta. O jacto, a boca cheia. Cheia de caralho e esporra. Babo-me. Leite escorre todo. Ele pára o movimento. Mantem o caralho e a esporra parados, quietos em silêncio dentro de mim. Da minha boca. Quente. Quanto tempo? Murcha. Lambo-a, lava-a e limpo-a. Ele nem uma palavra. Solta-me os cabelos. Guarda o caralho. A porta abre. Levanta-se. Diz-me para sair. Os homens lá fora olham-me. Ele olha-me e diz alto «És mesmo puta. Até aqui me persegues para me fazeres broxes». Ai, que vergonha.

Sinto saudades suas,
SG